Mas o fato é que a música eletrônica é muito mais do que aquilo que se ouve nas raves. A verdadeira música eletrônica chamava-se originalmente música eletroacústica. Eletroacústica, pois nos primórdios, os sons não eram produzidos eletronicamente, apenas capturados e tratados eletronicamente, então, era necessário um dispositivo acústico para produzi-los. Com o advento dos computadores, sintetizadores, samplers e diversos outros dispositivos eletrônicos, o termo música eletrônica começou a ser introduzido. Não se pode negar que os instrumentos eletrônicos sempre tiveram um lugar de destaque na música popular, afinal, o pop e o rock já nascem usando guitarras e aplicando distorções causadas por equipamentos eletrônicos. Não podemos esquecer também do famoso Moog (e depois o Minimoog), lançado na década de 1960. Mas o fato é que música eletrônica na década de 1980 era sinônimo de experimentação erudita, muitas vezes associada à música concreta.
Antes de ouvir o exemplo abaixo de um dos mais importantes expoentes dessa vertente, Pierre Schaeffer, é importante recordar que música é uma linguagem e, como linguagem, se utiliza de signos organizados para transmitir algum tipo de ideia, seja ela puramente estética ou mesmo diretamente cognitiva. Desta forma, organizar ruídos diversos, tratados eletronicamente e compostos em estruturas esteticamente observáveis (caso abaixo), desde a música concreta é considerado música.
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