Formas musicais podem ser tão complexas a ponto de se tornarem teses de mestrado ou doutorado. Muitas vezes, é comum confundir forma, gênero e estilo. De fato, saber diferenciar isso é bem acadêmico e talvez até desnecessário para quem quer apreciar a arte musical. É o caso da Fuga, que alguns chamam de estilo, outros de forma e outros ainda de gênero. O que importa saber é que um dos maiores, senão o maior, expoentes desse estilo foi J. S. Bach.
A Fuga é um estilo contrapontista, desenvolvido no período barroco, onde uma melodia é repetida por "vozes" diferentes com um certo "atraso" entre elas, o que dá uma impressão de entrelaçamento melódico ou um eco. Note que, no período barroco a harmonia moderna estava em seus primórdios, sendo que os encontros entre as notas tocadas por vozes diferentes em um contraponto acabou por se tornar sua gênese.
A obra abaixo de Bach é um tema e variações, forma básica e necessária para uma Fuga. Uma dica aqui é que não se consegue ouvir um contraponto de forma integral, pois nosso cérebro tende a separar as coisas, então, o normal em um contraponto é escutar cada voz individualmente, alternando de voz em voz, portanto, ouvindo uma melodia por vez, alternando-se rapidamente entre elas. O visual do vídeo abaixo ajuda a entender o conceito de Fuga que, resumindo, pode ser considerado um contraponto imitativo.
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