segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O Mestre da Fuga - J. S. Bach

A linguagem musical é vasta e diversa. Muitos dos conceitos que apresento aqui não podem nem devem ficar ensimesmados, ou fechados em seu próprio significado. Os artigos que publico como "Noções Básicas" são exatamente isso, o básico, o chão de onde se podem alçar os voos da compreensão.

Formas musicais podem ser tão complexas a ponto de se tornarem teses de mestrado ou doutorado. Muitas vezes, é comum confundir forma, gênero e estilo. De fato, saber diferenciar isso é bem acadêmico e talvez até desnecessário para quem quer apreciar a arte musical. É o caso da Fuga, que alguns chamam de estilo, outros de forma e outros ainda de gênero. O que importa saber é que um dos maiores, senão o maior, expoentes desse estilo foi J. S. Bach.

A Fuga é um estilo contrapontista, desenvolvido no período barroco, onde uma melodia é repetida por "vozes" diferentes com um certo "atraso" entre elas, o que dá uma impressão de entrelaçamento melódico ou um eco. Note que, no período barroco a harmonia moderna estava em seus primórdios, sendo que os encontros entre as notas tocadas por vozes diferentes em um contraponto acabou por se tornar sua gênese.

A obra abaixo de Bach é um tema e variações, forma básica e necessária para uma Fuga. Uma dica aqui é que não se consegue ouvir um contraponto de forma integral, pois nosso cérebro tende a separar as coisas, então, o normal em um contraponto é escutar cada voz individualmente, alternando de voz em voz, portanto, ouvindo uma melodia por vez, alternando-se rapidamente entre elas. O visual do vídeo abaixo ajuda a entender o conceito de Fuga que, resumindo, pode ser considerado um contraponto imitativo.

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