terça-feira, 10 de abril de 2012

Música Clássica é Brega?

É comum as pessoas usarem a expressão “música clássica” para se referir a todo o período de existência da música ocidental, que começa no canto gregoriano e vai até hoje, e que possui um nível de elaboração artística no mínimo acadêmico. Apesar de reconhecida até mesmo nas enciclopédias, essa expressão não é utilizada por aqueles que tem um pouco mais de informação musical, pois o termo “clássico” academicamente se refere a um período específico que vai de meados do século XVIII até o início do século XIX. A história da música é dividida em diversos períodos, cada qual com suas escolas estéticas e suas técnicas compositivas, sendo que, o período clássico tem como principais características simetria, equilíbrio, formas musicais bem definidas, a harmonia formal bem desenvolvida e clara. Ao redor do classicismo, temos a música barroca, que o precede, e o romantismo, que o sucede.

Se usar a expressão “música clássica” é, digamos, brega ou demonstra falta de conhecimento musical, como então fazer referência a essa música mais elaborada? Quem conhece um pouco mais costuma usar a expressão “música erudita”, muito embora, para quem já tem um estudo ainda mais profundo, mesmo essa expressão é substituída por classificações mais específicas de escolas estéticas ou gêneros musicais, como “música de câmara”, “música litúrgica”, “música operística”, “música de concerto”, etc. Para quem ainda não tem domínio dessa informação estética, melhor mesmo é usar “música erudita”, pois para que se possa distinguir as diversas técnicas e usar as classificações corretas, é necessário um pouco de treino auditivo. 

Um ponto importante é que “música erudita” faz referência à música ocidental de raízes europeias e litúrgicas, portanto as músicas orientais, mesmo que também frutos de erudição, não recebem essa classificação; o mesmo ocorre com músicas folclóricas e/ou populares.

Procure ouvir músicas diferentes e encontre as vastas possibilidades de deleite dessa arte que atinge o fundo da alma!

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